sábado, 14 de março de 2009

DesertO

Vivo olhando pro céu e idealizando o cair de uma nova estrela. Mas nem sempre fui assim já convivi com a incredulidade da fé. Já visitei navios cargueiros e desalojei no deserto tudo que atrapalhava minha vida e minha alegria de viver. Coitado do deserto vive sozinho sem ninguém pra admira-lo, encoraja-lo, almeja-lo. Pois bem ser só é assim. Olhamos para areias em nossa volta e elas são só pessoas que poderiam preencher nossos vazios. Estas "os ventos que as trazem são os mesmos que as levam". Somos areia pra essas pessoas também em alguns momentos, saiba disso! No deserto também somos obrigados a conviver com animais rasteiros que sobrevivem da miséria da solidão das areias. Esses animais são como aquelas pessoas insensíveis que quase nunca percebem as nossas dores. No deserto tudo fica transparente na dor tudo fica transparente. Sabemos identificar os porquês de nós mesmos. Sabemos olhar pra areias que permitimos caminhar por nossas vidas e ter consciência que mesmo assim não podemos evitar ou elimina-las para sempre. Afinal elas são os grãos que formam a nossa existência.

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