quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

DeclíniO da nObre pOesia


A pessoa de FernandO

(...)Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.(...)
(Tabacaria- Fernando Pessoa)

O que seria da vida sem poesia?! O que seriamos se não fizéssemos da nossa existência uma poesia?! Alguns inconscientemente segue linhas mais mórbidas preferindo a melancolia que acompanha a humanidade a séculos (como eu). Outros gostam de poemas com cara de auto-ajuda e faz do poema o melhor do mundo se esse a colocar pra cima. Ultimamente eu tô gostando de poesia reflexiva...aquela que me leva palavra por palavra a algo que eu acredito valer a pena. Ou então que me faça vê que não estou sozinha nesse mundo grande de meu senhor...rs! Mais eu estava olhando uns blogs e vi que o povo já bota citações tipo pra dizer "eu sou o intelectual". Digo isso porque os blogs tem cada citações lindas mais quando as pessoas começa a escrever em primeira pessoa que percebemos que suas palavras não passam de uma pessoa com pouco entendimento do que postou e que precisam ir além dos poemas de auto-ajuda. Não sou o tipo de pessoa que acha que sabe tudo mais admito a minha sede de aprender e isso muita gente além de não fazer se incomoda. Sabe o que mais me deixa chateada nessa história toda é que tem gente que não ler porque não quer mais porque falta-lhes acesso e estimulo a tais leituras. Quem quer ler Machado de Assis e C&a?! Eu também apesar de vir da rede particular de ensino(que por sinal muitas vezes não quer dizer nada) vi que meu tempo já estava impreguinado pela praga da falta de estímulo. E isso me deixa triste e penso como Castro Alves embora gostaria de responder como o Gregório de Matos a esse rede de intelectuais que brincam com o saber e o não querer o não poder e praticam o não fazer.

P.S: Passei a tarde com dor de cabeça. Mas também com o cuidado de Deus com minha vida!
obrigada meu lindão!

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