sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Um verdadeiro mitO.


Ramón, este era o codinome usado por Che Guevara na guerrilha da Bolívia. Seus soldados, em sua maioria cubanos e alguns bolivianos o chamavam assim. Desde 1965, quando Fidel publicou sua carta de despedida, ninguem sabia onde Che se encontrava. Mas quando o exercito boliviano, juntamente com a CIA capturaram o intelectual francês Regis Debray agente de ligação entre Fidel e Che em Muyupampa (vilarejo ao sul da Bolívia), e o torturaram, descobriram com certeza de que Ramón era relamente Ernesto "Che" Guevara de la Serna.
Che havia dividido seus homens em dua companhias, uma liderada por ele pessoalmente e uma por Joaquim. O grupo de Joaquim foi exterminado em Vado del Yeso. E agora Che Guevara encontrava-se com um número reduzido de homens, 17 para ser mais preciso, e cercado, após 11 meses de manobras de guerrilha, em La Higuera. No dia 08 de outubro de 1967, após longo tiroteio, com a arma avariada e com uma bala transpassada na perna Che se entrega. Sujo, esfarrapado, magro, aparência que remetia um medigo, ele foi levado para um casebre que servia de escola rural. Ali, com mais dois cadáveres de jovens guerrilheiros cubanos, Che passa sua última noite. É interogado pelo Tenente-Coronel Andrés Selich.
No dia 9 de outubro (exatamente a quarenta anos atrás) a ordem de La Paz chega por rádio. O General René Barrietos, presidente da Bolívia ordena que o executem. O agente da CIA, Félix Rodrigues ainda queria levá-lo para o Panamá, para poder interrogá-lo melhor, mas a ordem é simples e direta, execução. O sargento Mário Terán, disparou uma rajada de balas contra Che, quando ainda estava deitano no chão da escola. Morreu aos 39 anos. Levaram-no para Vallegrande, numa lavanderia de hospital o expuseram, tiraram várias fotos. Contaram suas mãos para examinar as digitais. Foi enterrado num lugar anônimo perto do aeroporto de Vallegrande, juntamente com mais sete pessoas. Durante 28 anos ninguém soube do paradeiro do corpo de Che. Somente em 1995, o general reformado Mario Vargas Salinas informou ao jornalista Jon Lee Anderson onde haviam enterrado o cadáver. Durante 2 anos, peritos argentinos e cubanos vaculharam a região para encontrar seu corpo. Até que em 1997, foram encontrados seus restos mortais. Foi recebido em Cuba, por Fidel com honras nacionais. Deixou a vida para se tornar herói Latino Americano, um verdadeiro mito.

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